terça-feira, 14 de setembro de 2010

DUM 1409

Hoje eu não queria falar muito. Ando sem paciência, muitas preocupações com relação ao futuro. Coisas indefinidas que se arrastam a "passos de lesma" (se é que lesma anda né!?) mas que deixam meu cérebro fervilhando.
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Dormi bem durante a noite, tomei meu chocolate de manhã como de costume anteriormente ao culto.
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Saio de casa. Passos apressados rumo à estação e curtindo o friozinho matinal. No caminho uma constatação, o inverno tá indo embora e com ele a escuridão que acompanha o horário, antes do ponteiro marcar 05h54min a claridade do dia já se fazia presente.
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Chego na estação, de dentro da mochila pego meu bilhete comprado no dia anterior. Passando a catraca me dirijo à máquina de recarga do Bilhete Único torcendo para que os créditos sejam concedidos. Yes!
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O trem segue lotado rumo à Barra Funda. Vou lendo o livro Quem são os Adventistas do 7º Dia já (ainda) com o intuito de me preparar para a prova do UNASP. Falando nisso, meu número de inscrição é 201, espero que me traga sorte. O vestibular - o primeiro depois do que prestei no já longíquo ano de 2002 - é no mês que vem, 24 de outubro às 13h58min no Colégio Adventista da Liberdade, as matérias são português, matemática, inglês, redação, atualidades e fundamentos bíblicos cristãos (é por conta dessa última matéria que estava lendo o livro).
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Na estação... ah não lembro desse mero detalhe, entra um morena linda! Baixinha, cabelos lisos, olhos negros penetrantes, lábios carnudos, seios protuberantes, barriga lisa... A aliança dourada no dedo anelar esquerdo era outro mero detalhe, porém mórbido. Mas o que estragava mesmo era a camisa. Palmeiras, argh! Retirem tudo o que eu disse.
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Hoje a tranferência para o metrô estava um inferno, trens vindos de Itapevi e Francisco Morato chegando juntos e congestionando as catracas. Ê "maravilha", essa é a metrópole.
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No trampo o ritmo até que estava legal. Legal até a diretora adentrar no meu espaço para discutir umas diretrizes e regrinhas (bobas) da instituição que na interpretação dela eu não estava cumprindo. Saco! Isso aliado a sinfonias irritantes do celular que acusavam ligações insistentes de uma mesma pessoa em intervalos curtos.
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Gastei parte da manhã (boa parte) em pesquisas de preços de passagens rodoviárias para Engenheiro Coelho, já antecipando que serei um dos 180 aprovados para a 2ª fase do vestibular, que é a entrevista com os pastores do campus II do UNASP.
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Tudo isso até lembrar, antes tarde do que nunca, que hoje é 14 de setembro. Sim e daí?
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E daí que hoje é o aniversário do Daniel (Daniel Uliach Mitestaines, agora vocês entenderam o significado do título da postagem né?). Daniel, Daniel, hoje casado, pai de Guilherme e Vitor, residente em Santo André, corinthiano (um dos poucos defeitos).
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O tempo passa e com ele a vida. Ao olhar para trás, lá para os meados de 1998, o que eu vejo são dois adolescentes se matando de jogar o já extinto Sega Saturn e ouvindo Engenheiros do Hawaii de tarde até a noite, bem tarde da noite. A casa dele era distante da minha, quase meia hora a pé da CoHab II até a CoHab I (hoje moro na mesma rua da CoHab I), o quarto era apertado com tantas caixas mas o clima era sempre bom, sempre com vitórias e derrotas no futebol virtual. Lembro de viagens para o Paraná no Escort XR3 preto da década de 80, que um dia fundiu o motor rumo a Taboão da Serra por conta de uma massa de durepox no cárter (trambicagem do agenciador de veículos que vendeu o carro). Lembro do coral da Igreja, das partidas de futebol na rua do Ernesto (da vez que um cara quis acabar com o jogo colocando as traves dentro da caminhonete e ele foi o único que teve coragem de ir lá pegar de volta, irritando o motorista que desceu do veículo para arrumar mais confusão e eu ser obrigado a pegar uma pedra e ameaçar jogar no vidro do parabrisa), das confissões e segredos, da vez que passamos o reveillón de 1999/2000 andando de bicicleta em plena chuva porque não queríamos passar em branco a data tão marcante, de outro reveillón na praia de Santos junto com meu irmão, da vez que conferimos o gabarito da primeira das duas provas da primeira fase do vestibular da FUVEST e a cada acerto era um grito de felicidade, das idas para as pizzarias de São Roque, das idas aos estádios e mesmo ele não sendo sãopaulino sempre ficava na nossa torcida porque sempre estava sozinho (não tinha outros corinthianos no nosso grupo, de louco só bastava um), da que vez que indo ao Paraná de madrugada passando por uma ponte no Rio das Mortes nos deparamos com uma sacolinha plástica atravessando o farol do carro e nos fazendo pensar que era um fantasma (sabemos que eles não existem mas o susto naquela hora foi grande), e de tantas outras coisas que lembro mas que nem falo porque a postagem seria bem mais longa do que já está.
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Fase boa essa. De amizade presente.
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Mas daí veio o quartel para mim, a Dani para ele. A Enfermagem na Uniban para mim e a FATEC para ele. Itapevi ficou para mim e Santo André para ele.
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O tempo e as circunstâncias acabaram levando embora a verdadeira amizade mas não as lembranças e muito menos a consideração. Dessa forma então nesse dia só me resta desejar um feliz aniversário, onde ele estiver, já que as viagens nacionais e internacionais fazem parte dos compromissos profissionais dele.
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Abraço!
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[Nota:] Ao jogar Daniel Uliach Mitestaines no Google eu achei isso:
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http://www.cpv.com.br/cpv_vestibulandos/info_fuvest/2001/2001_fuvest_lista1.htm
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http://www.fuvest.br/tran2002/listas/CHAMD02.stm
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http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/lista_2001usptransf.shtml

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