quarta-feira, 9 de junho de 2010

Invictus e a busca do Suéter


Meu pai fez aniversário na segunda-feira dia 07 de junho, 56 anos de vida. Como já tínhamos comemorado isso no domingo a noite após o culto não o fizemos novamente na segunda mas, faltava o presente. Niver sem presente não dá. Fica sem graça! Ainda mais quando é o niver de uma das pessoas mais importantes da vida.
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Nunca fui muito de dar presentes, acho melhor pegar o dinheiro e entregar para o (a) aniversariante, daí ele faz o que quiser com o dinheiro. Mas isso além de ser um pouco deselegante não funcionaria com meu pai. Aposto que ele recusaria ou se aceitasse daria para minha mãe, ou ainda, pagar alguma dívida, rsrssrrsrs...
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Pensando nisso eu começei a pesquisar o que poderia dar pra ele. Passando em frente a uma loja no centro da cidade avistei um lindo suéter a um bom preço. Pensei comigo: Porque não? O frio tá chegando e tal, temperaturas de 8,7º. Além do mais essa é uma peça de roupa que pode ser usada tanto com roupas sociais quanto esportivas, dependendo do modo como vai usar.
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Perguntei para minha estilista pessoal (minha mãe) o que ela achava da ideia. Na hora ela concordou, sendo assim eu pedi que ela me esperasse em frente a loja e na saída do serviço eu a encontraria lá para escolhermos o modelo e comprá-lo.
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Antes disso eu precisaria passar na farmácia para comprar um antisséptico bucal. Entrei na farmácia de sempre e fui procurar o Plax da Colgate, mas vi uma promoção que não dava para perder, quase 1 L de Listerine (Johnson & Johnson) por apenas R$ 13,38. Não dava para perder, escolhi o sabor cool mint e me mandei para a fila.
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Toda fila é um saco! É gente que esquece coisas que ia comprar e voltam para as pratileiras enquanto não chega sua vez, é gente que não sabe se vai pagar com dinheiro, cheque ou cartão e ficam naquela dúvida existencial enquanto outras pessoas vão se avolumando atrás dele com caras de poucos amigos durante o tic-tac do relógio, crianças puxando a barra da saia da mãe implorando por um produto que ele viu geralmente com aquele choro chato e manhoso (difícil imaginar essa cena onde só tem remédios, tenho até dificuldade de fantasiar uma criança implarando a mãe por uns comprimidos de novalgina ou um xarope contra a tosse).
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Essa não foi diferente, enquanto eu me irritava na fila a minha mãe já deveria estar me esperando no local combinado para a compra do suéter. Mas, nem tudo que é ruim é para o mal, como dizia um filósofo por aí. Durante a minha estadia na fila eu começei a reparar na loirinha do caixa eletrônico, e o engraçado é que ela começou a corresponder os olhares e discretamente começamos uma paquera. A medida que as pessoas iam passando na fila os olhares ficaram mais intensos começaram a surgir até discretos sorrisos. Enquanto isso eu torcia para que eu fosse atendido por ela como de fato aconteceu. Ao chegar no caixa nada mais que o atendimento normal de uma funcionária a um cliente, mas a simpatia disfarçou esse detalhe. Na despedida um sorriso generoso de ambos. Uma acelerada no coração e a certeza de que minha casa vai virar um depósito clandestino de listerine, rsrsrsrsrs... Acha que eu não voltar lá para comprar mais?
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Paquera encerrada, de volta ao mundo real. Encontrei minha mãe em frente a loja e fomos atrás do tal suéter. Começamos a escolher o modelo e tal, todos muito bonitos e resistentes. Porém os tamanhos eram muito grandes para meu pai. O material é daqueles que estica com o uso e achamos que não valeria a pena levar um produto que poderia ficar desajustado na silhueta do velho. Não achando nessa loja fomos para outra e da outra para uma terceira. Nada de súeter. Outra opção então. Que tal um conjunto de inverno? E camisas, gravatas, calças? Nada feito. A melhor opção foi ir no caixa eletrônico do banco, sacar um valor e entregá-lo a minha mãe para que ela faça outras pesquisas em outros lugares.
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Na volta para casa passando em frente ao boticário lembrei que tava precisando trocar de perfume, o meu atual já tá acabando. Já tinha em mente qual escolheria, mas resolvi provar a fragrância novamente.
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- Hummm... É esse mesmo! Vou levar.
- Pagamento em dinheiro ou cartão?
- Cartão.
- Débito ou crédito?
- Débito. (Ohhh tô podendo hein!? Rsrsrsrs...)
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Ficou curioso (a) para saber o que perfume é né? Vou dar uma dica e vê se você adivinha:
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Saída: notas cítricas e frescas, lavanda, gálbano, estragão e camomila
Corpo: lírio, gerânio e um complexo aromático-especiado
Fundo: íris, madeiras, musgo, âmbar e musk
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E aí adivinhou? Não? Não dá pra sentir cheiro pelo computador né? Sendo assim eu falo, é o Uomini Sport. Muito bom! As mulheres adoram. A loirinha da farmácia que me aguarde!
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Voltamos para casa, jantamos, fizemos o culto e meu irmão ainda chegou lá para trocar umas ideias, pegar uns filmes emprestados e devolver outros.
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Depois que ele foi embora e meus pais foram dormir eu me aconcheguei no sofá e apertei play. Na tela Invictus. Um excelente filme! Conta a história de como a África do Sul conseguiu, através do esporte, unir brancos e negros (quando não deveria estar separados de forma alguma) em um único objetivo mesmo saindo recentemente do regime segregacionalista do apartheid. Como protagonistas estão Nelson Mandela (Morgan Freeman) rescém eleito presidente na época e o capitão do time de rúgbi François Pienaar (Matt Damon), juntos os dois conseguem unir o país, Mandela através da política e Pienaar através do esporte. Superação, garra, sangue, suor e lágrimas, de alegria marcam o jogo final. Foi lindo ver negros e brancos se abraçando e chorando de felicidade após a vitória de seu time na final da copa do mundo. Vale a pena conferir!
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Quando o relógio marcou 23h07min eu fui dormir.
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Um comentário:

  1. Hahahaha... É bom saber que tem várias meninas de olho em mim.
    Não precisa ficar com ciúmes, se der namoro eu conto pra você.

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