Casos e fatos do cotidiano contados em forma de crônica. Dedicado a amigos, parentes e irmãos.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Desavenças pós-natalinas
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
O Convite

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Exército
"SENHOR!
Vós que forjastes o combatente aeromóvel,
Com a audácia e a têmpera do aço,
Para arrojar-se nos céus fulminante,
Sobre os inimigos da liberdade da nossa Pátria!
Vós que o protegestes sob o escudo da honra,
E o armaste com a dignidade dos justos!
Permita também, Senhor,
Que carregue a crença no futuro para jamais esmorecer,
A coragem para enfrentar os desafios do campo de batalha,
E o orgulho para levá-lo à vitória final!"
Aeromóvel, Brasil!!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Cansado

terça-feira, 15 de dezembro de 2009
A IASD participa do ecumenismo?

Como a Igreja Adventista vê os movimentos ecumênicos ao redor do mundo, envolvendo a Igreja Católica, Metodista, Luterana, etc.? A Igreja Adventista participa desses movimentos?
A Igreja Adventista do Sétimo Dia não é filiada a nenhuma entidade ecumênica no mundo. Esta Igreja tem uma sólida base profética e uma missão especial: dar ao mundo a tríplice mensagem angélica, de Apocalipse 14:6-13, cujo principal apelo é: “Sai dela, povo meu”. A mensagem da Igreja Adventista, em vez de ser uma mensagem de união com outras igrejas em suas doutrinas, é, ao contrário, uma mensagem que apela para que as almas sinceras saiam da confusão doutrinária e se unam ao povo “que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apoc. 14:12). Qualquer afirmação, pois, de que a Igreja Adventista tem qualquer ligação de caráter ecumênico com outras igrejas, é falsa, sem fundamento.
Isso não impede, entretanto, que cooperemos com outras denominações, e com governos, em assuntos de comum interesse, como obras de assistência e desenvolvimento social, campanhas de liberdade religiosa, entidades de combate a drogas e criminalidade, etc. Exemplo de cooperação aceitável é o trabalho da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), entidade da Igreja que trabalha em convênios com órgãos governamentais de países como Estados Unidos, Peru, Bolívia, etc. Agora mesmo, no Brasil, a ADRA da União Central Brasileira fez convênio com o governo federal para o atendimento de sete aldeias indígenas, da tribo Carajás, na Ilha do Bananal. Temos ali uma equipe formada de administrador, médico, dentista, agentes sociais, e outros servidores, que desde o início do ano estão em plena atividade, em grande parte mantidos pelo órgão público federal correspondente. A respeito desse tipo de cooperação, eis o que declara Ellen White:
“Enquanto estivermos neste mundo, e o Espírito de Deus Se estiver esforçando com o mundo, tanto devemos receber como prestar favores. Devemos dar ao mundo a luz da verdade segundo é apresentada nas Escrituras Sagradas, e do mundo devemos receber aquilo que Deus os move a fazer a favor de Sua causa. O Senhor ainda toca no coração dos reis e governadores em favor de Seu povo, e compete aos que estão tão profundamente interessados na questão da liberdade religiosa não dispensar quaisquer favores ou eximir-se do auxílio que Deus tem movido os homens a dar para o avanço de Sua causa.” – Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 202.
Com respeito a ministros de outras denominações religiosas, embora não nos liguemos ecumenicamente a eles, temos o dever de nos aproximar deles e manifestar-lhes simpatia e interesse. Eles, como nós, são almas por quem Cristo morreu, e devem conhecer as preciosas verdades para estes tempos. Eis o conselho inspirado: “Nossos ministros devem procurar aproximar-se dos ministros de outras denominações. Orai por eles, por quem Cristo está intercedendo. Pesa sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar profundo e zeloso interesse nesses pastores do rebanho.” – Testemunhos Seletos (Ed. Mundial), vol. 2, pág. 376.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Mais um dia

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Cretino

Faz um ano que essa senhorita me persegue e eu já disse com todas as letras do alfabeto que eu não tô afim dela, mas a cidadã não toma semancol.
Mêu, que saco! Ainda tenho que ficar aguentando desaforos. É mole ou quer mais?
Por se tratar de um cara totalmente irresistível como sou é compreensível o lado dela, mas acho que tá faltando um pouco de amor próprio àquela criatura.
Bom, vou tentar voltar a ler meu livro que é o melhor que eu faço (História da Redenção de Ellen G. White).
[Nota:]
adj. e s.m. Que ou aquele que, por deficiência mental ou orgânica, padece de incapacidade mental ou moral; retardado ou débil mental. / Fig. Pessoa estúpida, imbecil, idiota; debilóide.
Segundo o dicionário Aurélio e a D. Maria é isso que sou...
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A dúvida

- no ano passado meu pai saiu da empresa de Ribeirão Pires e já está com seu fundo de garantia guardado;
- aposentou-se em seguida - é bem verdade que não com o salário que ele gostaria mas dá pra viver dignamente;
- ganhou uma causa na justiça do trabalho e recebeu um dinheirinho a mais que está guardado junto com o FGTS;
- o dono do apartamento no qual moramos aqui está querendo vendê-lo e já tem uma pessoa que quer comprá-lo - a preferência é do meu pai mas se ele não decidir até janeiro temos que conseguir outro lugar para morar;
- a nossa inquilina quer saber se queremos vender a nossa casa de Recife para ela e se não vendermos ela irá desocupar a casa dentro em breve.
Bom, no meu modo de ver é só meu pai informar a nossa inquilina em Recife que desocupe a casa pois ele e minha mãe estarão retornando a Recife depois de quase 15 anos em Sampa.
É por isso que eu torço pois não aguento mais minha mãe falando que quer ir embora.
Outra alternativa é morarmos em outro apartamento pagando aluguel ou comprando-o com os recursos já citados. Isso seria até o fim do contrato do meu pai com a prefeitura.
O fato é que a dúvida está instalada e agora eles tem que aguardar o desenrolar dos fatos para saber o que o destino lhes reserva.
Enquanto isso eu aguardo anciosamente as férias!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
A IASD é uma Seita? III
Para fechar a série sobre o fato da IASD ser ou não uma seita.
Eu fui bancário por quase dez anos, lembro-me de uma ocasião em que estava começando a trabalhar em um novo local. Eu era um estranho e os outros funcionários daquela grande agência eram estranhos para mim.
Com o tempo, como é natural, fui fazendo amizades. Conheci um irmão evangélico que ao conversarmos sobre religião eu me identifiquei como adventista do sétimo dia.
A reação dele foi interessante. Ele me olhou diferente e, imediatamente, como quem não queria perder a oportunidade, começou a me fazer uma série de perguntas a respeito da minha fé adventista:
- Vocês crêem no batismo por imersão? Disse ele. – Sim nós cremos no batismo nas águas e por imersão. – Respondi.
- Vocês crêem na Bíblia como única base para as doutrinas? Sim. – Falei eu.
- Vocês crêem na salvação pela graça unicamente? – Fui afirmativo novamente.
- Vocês crêem no Espírito Santo? – Sim, nós cremos na Trindade. – Completei.
E assim, foi ele me perguntando e eu respondendo e, finalmente, ele falou meio espantado:
- Então vocês são cristãos?!?!?
Eu achei um pouco engraçado o jeito dele, e respondi:
- Sim, nós somos e eu nunca me senti diferente disso!
É muito comum, quando encontramos outros cristãos de confissões religiosas diferentes, que estes nos olhem como aquele meu amigo do banco e fiquem desconfiados daquilo que eles foram ensinados como sendo uma SEITA; mas, não precisa ser assim.
Em primeiro lugar precisamos saber o que é uma seita, para isto, vou recorrer ao Mini-Dicionário Aurélio, que diz: “Seita. Doutrina ou sistema que diverge da opinião geral e é seguido por muitos”.
Bem, se é uma doutrina que diverge da opinião de outros, poderíamos classificar todas as igrejas como seitas, não somente a nossa.
Vejamos, agora, o que é uma seita dentro do contexto bíblico; para isto, vamos ler alguns versos da Bíblia:
“Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja” (Atos 5:17).
“Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que havia crido, dizendo: É necessário circuncidá-los...” (Atos 15:05).
Bem, até aqui alguém poderia argumentar que seita é realmente algo ruim, pois, identificaram os fariseus e saduceus como tais. Mas, por favor, continue lendo:
“ Porque, tendo nós verificado que este homem (Paulo) é uma peste e promove sedições entre o judeus esparsos por todo o mundo, sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos” (Atos 24:5, 14 e 15).
“Porém confesso-te, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas, tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos...” (Atos 24:14-15).
Os cristãos primitivos foram chamados de seita, pois, uma seita é uma doutrina que diverge das demais e tem seguidores e não é demérito algum.
O que crêem os Adventistas do Sétimo Dia? Somos um povo convicto da Verdade que pregamos; hoje, isto, em alguns círculos religiosos está fora de moda.
Existem grupos ou seitas religiosas que abrem mão de suas doutrinas somente para se aproximar de outras denominações, são ecumênicos ou quase ecumênicos, tornam sua mensagem distintiva quase um vapor que sobe no ar.
Bem, a esta altura você deve se perguntar: Mas, afinal, o que crêem os Adventistas do Sétimo Dia?
Vou tentar fazer uma panorâmica para você ter uma idéia:
A Doutrina de Deus: A Bíblia é a única regra de fé e doutrina, ela é a revelação especial do Deus Trino, Pai, Filho e Espírito Santo.
A Doutrina do Homem: Deus criou todas as coisas pelo Seu poder e a humanidade originalmente perfeita quando “... soprou em suas narinas e o homem foi feito alma vivente”.
A Doutrina da Igreja: A ekklesia é formada pelos chamados para a Salvação evangélica, é o corpo de Cristo e também a Sua noiva e o remanescente. Todos são aceitos pelo batismo por imersão e participam da Ceia do Senhor, do pão e do vinho.
Por ocasião da conversão, o crente inicia o batismo diário do Espírito Santo e é capacitado, através dos dons espirituais, ao ministério de todos os crentes. O dom de profecia é muito valorizado por nós, para a edificação, exortação e consolação, sendo Cristo Jesus, a pedra angular.
A Doutrina da Vida Cristã: Na Nova Aliança, o Espírito Santo escreveu em tábuas de carne de nosso coração a Lei de Deus, que nos fala a respeito do amor a Deus e ao próximo; sendo, nesse contexto, o Sábado um sinal que lembra o crente a Criação e a Redenção – quando descansamos de nossas obras na Sua Graça. Nosso corpo é o Templo do Espírito Santo e, como tal, devemos honrar a Deus cuidando de nossa saúde e vivendo em família.
A Doutrina dos Últimos Eventos: Jesus é o intercessor entre Deus e os homens, exercendo seu ministério no Santuário Celestial até o Seu retorno visivelmente e nas nuvens, quando ocorrerá a ressurreição dos justos e o arrebatamento da igreja. A partir daí, inicia-se um período em que a Terra estará em descanso e será restaurada à imagem do que era antes da entrada do pecado, sua capital será a Nova Jerusalém.
É comum haver muito preconceito para conosco e sabemos que, com certeza, isso não vem de Deus; mas, pessoas sinceras quando nos conhecem de perto tomam uma atitude humilde, veja esta declaração de muitos anos atrás:
Disséramos: "Os adventistas do sétimo dia negam o sacrifício expiatório de Cristo como único meio de salvação do homem...
Esta foi uma afirmação pesada, porém, tendo lido atentamente alguns dos escritos dos adventistas do sétimo dia desde que fora feita, achamos que pode ser provado por eles que tal não é a sua crença. Estou certo de que a maioria daquele povo está salva...
Pedimos desculpas pela grosseria da afirmação em nossa edição de novembro e pedimos perdão àquele bom povo por qualquer afirmação inexata relativa às suas doutrinas. Pr.Grant Stroh, Moody Bible Institute Monthly (Mensário do Instituto Bíblico Moody), edição de fevereiro de 1931.
Eu convido você a nos conhecer melhor, e, também, a desenvolver a mesma disposição dos bereanos: “Ora, estes de Beréia eram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a Palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17:11).
Wladimir G. de Souza, Pastor em Belo Horizonte, MG, é novo colunista do IASD Em Foco.
A IASD é uma Seita? II

Mais um texto para calar a boca de críticos e clarear a mente dos sinceros.
Evangélicos são considerados aqueles que aceitam as doutrinas essenciais da Bíblia, principalmente as que dizem respeito à Cristo.
Veja o que escreveu Eddie Gibbs, um renomado escritor evangélico em seu livro Church Next (Downers Grove, IL: Inter Varsity Press, 2000) à página 54:
“Podemos definir igrejas evangélicas como aquelas que têm se comprometido com certos fundamentos teológicos inegociáveis.
Isto inclui:
“1) A natureza de Deus revelado como três em uma Trindade;
“2) A singularidade de Jesus Cristo como o Filho de Deus, que é completamente divino, contudo, tornou-se plenamente humano através de Sua encarnação;
“3) Os evangélicos mantêm a crença de que Deus escolheu revelar-Se a Si mesmo para a humanidade através dos atos poderosos dEle e palavra falada fielmente registradas nas Escrituras e supremamente revelada na pessoa de Cristo;
“4) Eles insistem na necessidade universal de salvação e na singularidade do trabalho salvador de Cristo para trazer perdão, livramento, regeneração, adoção e santificação;
“5) Eles são encorajados pela segura esperança do retorno pessoal de Cristo;
“6) Afirmam que todas as pessoas irão postar-se diante de Deus no julgamento final;
“São estas convicções inamovíveis que constituem a base para a dedicação dos evangélicos à evangelização mundial”.
Perceba que os Adventistas do Sétimo Dia possuem todas essas qualidades essenciais em seu corpo doutrinário. Para comprovar isso, sugerimos a leitura do livro “Nisto Cremos” (Editora Casa Publicadora Brasileira) que esboça de maneira mais detalhada as nossas 28 doutrinas.
O termo “seita” se refere ao um grupo de pessoas com doutrinas diferentes da maioria ou a alguma denominação que possui doutrinas erradas. Veja que o termo pode ter tanto um sentido bom quanto pejorativo. Infelizmente, em nossos dias os Adventistas são chamados de “seita” não por terem suas doutrinas peculiares (Doutrina do Santuário Celestial e do Juízo Investigativo, Cuidado do Corpo como sinal de espiritualidade, Mortalidade da alma e dom profético na pessoa de Ellen G. White), mas com o sentido pejorativo da palavra.
Isso faz com que muitas pessoas deixem de estudar aquilo que ensinamos simplesmente pelo medo de lidar com uma “seita”. Ou seja: a acusação de muitos religiosos aos Adventistas é para afastar as pessoas e impedir que elas conheçam outras verdades que, consequentemente, trariam grandes benefícios à vida espiritual do crente.
Mas todo aquele que se aproxima de um Adventista para sinceramente descobrir no que ele acredita, sai com a certeza de que exaltamos a Jesus e a Palavra dEle. Portanto:
• Alguns falam mal dos Adventistas por falta de informação;
• Outros, talvez o façam sendo sinceros, mas estão enganados.
No sentido ruim do termo, seita é todo movimento que não aceita toda a Bíblia (e suas principais doutrinas, mencionadas acima) como regra de fé e não aceita a Jesus como Salvador e Deus.
Veja algumas características de uma seita:
1. Substitui Jesus por um líder humano ou nega a Sua divindade;
2. Substitui a Bíblia pelas tradições humanas ou por crenças consideradas como heresias na Bíblia;
3. Usa da coerção para fazer com que seus seguidores sigam suas opiniões, bloqueando assim a liberdade de escolha destes.
Existem as “seitas” e as “falsas religiões”. Ambas são maléficas. A igreja Adventista não se encaixa em nenhuma destas categorias como poderá ser visto brevemente mais abaixo.
É preciso lembrar que estamos todos imersos na grande guerra entre o bem e o mal. Como numa guerra real, existe a informação e a contra-informação. Satanás, o inimigo de Deus, quer conseguir com que o erro pareça ser verdade e a verdade pareça ser erro. Por isso, precisamos pedir ao Espírito Santo que nos dê iluminação para discernirmos todas as coisas: “Por esse motivo, desde o dia em que ficamos sabendo de tudo isso, nunca paramos de orar em favor de vocês. Pedimos a Deus que encha vocês com o conhecimento da sua vontade e com toda a sabedoria e compreensão que o Espírito de Deus dá” (Colossenses 1:9).
O próprio Apóstolo Paulo foi acusado de pertencer a uma seita. Veja: “Porém confesso-te que, segundo o caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas” (Atos 24:14).
Se Paulo, apóstolo de Cristo, foi acusado de fazer parte de uma seita, isto também pode ocorrer com os Adventistas e com muitas outras religiões sérias que fazem da Palavra de Deus sua única regra de fé e prática (nesse caso fico até feliz quando dizem que sou sectário, pois o sou considerado por causa das mesmas crenças de Paulo, no tocante à Lei e ao Antigo Testamento!)
O fato de Paulo ser acusado de pertencer a uma seita não demonstra que ele fosse um sectário. Nós sabemos que ele seguia o caminho ensinado por Jesus e os apóstolos. Do mesmo modo, o fato dos Adventistas serem chamados de “seita” (no sentido pejorativo da palavra) não faz com que eles sejam de fato uma religião de segunda categoria. Unicamente os procedimentos e doutrinas é que poderão conferir-lhes este estigma, ou não.
Quem estuda sobre os Adventistas nas fontes certas, passa a ter outra compreensão sobre eles. É bom lembrar que muitos evangélicos, após verificarem os fatos (algo que todo pesquisador sincero deve fazer), mudaram seu ponto de vista em relação aos Adventistas.
A Revista Eternity (para um comentário mais abrangente sobre este artigo ver: “Subtilezas do Erro”, de Arnaldo B. Christianini. Casa Publicadora Brasileira, 1981) designou um redator membro da Igreja Batista para realizar uma pesquisa imparcial e profunda na mensagem dos Adventistas do Sétimo Dia. Eis o resultado de seu pronunciamento insuspeito exposto no número de outubro de 1956, pág. 38 da citada revista:
“Este redator leu todas as publicações antiadventistas publicadas nos últimos 57 anos arroladas no catálogo da Biblioteca do Congresso e da Biblioteca Públicas de Nova York. Menos de 20 por cento daquelas obras são atuais ou contêm a exata posição dos Adventistas do Sétimo Dia como é pregada e publicada nos dias atuais.
“Minha pesquisa resultou em descobrir o fato de que não somente muitas citações inverídicas relativas às primeiras publicações adventistas foram expurgadas das atuais publicações, mas que muito dos críticos do adventismo do sétimo dia faziam uso constante e condenado pela ética, do processo chamado “elipse” - mutilação de parte da frase, e ás vezes de parágrafos inteiros entre dois períodos - a fim de forjarem a acusação de que os adventistas sustentam idéias que, em verdade, rejeitam com veemência”.
Conclui o pesquisador:
“Este redator de modo algum é adventista do sétimo dia e tampouco - como batista que é – poderia sustentar as doutrinas distintivas dos adventistas… porém, um estudo imparcial dos fatos cobrindo um período de sete anos, entrevistas com líderes da Igreja Adventista, e, sobretudo, através de conhecimentos de uma infinidade de publicações adventistas e de publicações contra eles, conduziu-me como pesquisador a crer que um reexame da crença do adventismo do sétimo dia é necessidade imperiosa nos círculos evangélicos ortodoxos de nossos dias”.
O pastor Walter Martin, polemista e escritor batista norte-americano, escrevera, no passado, muita inverdade (por má informação) contra os Adventistas. Após investigação honesta sobre a exata posição doutrinária dos cristãos que guardam os mandamentos de Deus, publicou recentemente um livro de grande repercussão nos meios evangélicos, intitulado “The Truth About Seventh - Day Adventism” (“A Verdade a Respeito do Adventismo do Sétimo Dia”), em que se penitencia de muitos exageros e incorreções em que incidira em relação a nós. Embora discordando de pontos doutrinários que sustentamos, escoimou-se das invencionices e acusações gratuitas, chegando á seguinte conclusão: “os adventistas são cristãos genuínos, crentes em Cristo, salvos pela fé.” - Ibidem, pág. 10.
O pastor Billy Graham, um dos melhores pregadores do mundo, disse em várias oportunidades que os Adventistas são cristãos e se mostrou inclusive amigo dos guardadores do Sábado.
Cada dia um maior número de pesquisadores bíblicos tem chegado à conclusão de que os “sabatistas” são plenamente cristãos, pois suas crenças se baseiam unicamente na Bíblia Sagrada!
Querido (a) leitor (a): se você deseja conhecer realmente o que ensinamos e pregamos, não se atenha ao que outros dizem a nosso respeito. Tenha cuidado com as afirmações colocadas na internet, especialmente de sites que se intitulam “sites apologéticos”. Leia você mesmo nossas publicações e tire suas próprias conclusões. Só assim você poderá descobrir no que realmente cremos.
Os Adventistas afirmam e crêem que a salvação é unicamente pela fé - um presente da graça de Deus. Eles têm redescoberto verdades importantes da Palavra de Deus que estavam escondidas. Verdades plenamente bíblicas e que se constituem em sinal de amor e lealdade para com Deus. Verifique por você mesmo os ensinos deste povo!
Caso queira receber algum material por escrito a respeito do que crêem os Adventistas do Sétimo Dia, por favor, entre em contato conosco por carta, e-mail (escolabiblica@novotempo.org.br) ou telefone (12)2127-3000 (horário comercial).
Relembramos que você poderá ler o livro “Nisto Cremos”, publicado pela Editora Casa Publicadora Brasileira (www.cpb.com.br ; fone: 0800-9790606).
Autor: Leandro Soares de Quadros.
Fonte: Brilha Em Mim
A IASD é uma Seita?
Acredito que praticamente todo Adventista do 7º Dia ja ouviu alguém dizer que a IASD é uma "seita".
Talvez sejamos uma das denominações religiosas mais discriminadas em nosso país, tanto do ponto de vista da guarda do sábado (empregos, concursos, aulas, etc.), quanto com relação a outros pontos de nossa doutrina.
É curioso observar que mesmo dentro do Cristianismo, muitos "cristãos" demonstram um grande preconceito para com nossa amada Igreja. Recebo freqüentemente e-mails de pessoas de outras denominações que insistem em usar argumentos fantasiosos e humanos para "provar" que os Adventistas estão errados em suas doutrinas.
Algumas revistas voltadas ao público evangélico também adoram nos estampar em suas capas, como meio de vender mais exemplares. Uma delas é a ECLÉSIA.
Hoje eu vou colocar aqui a resposta a um artigo preconceituoso e equivocado que esta dita revista publicou em janeiro de 2001. A excelente resposta foi preparada pelo Pr. Moisés Mattos.
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Adventistas: Evangélicos ou Seita?
Uma resposta ao artigo: “Como água e óleo” – Eclesia – Janeiro de 2001
Acabo de reler a revista Eclésia de janeiro de 2001 onde me deparei com a matéria de Carlos Fernandes intitulada: “Como água e óleo” (p. 50 a 58). Através dela se pretende mostrar que doutrinas antagônicas separam evangélicos de adventistas.
Acredito que Fernandes seja um jornalista, pelo menos é o que posso perceber na sua maneira de escrever.
Em linhas gerais o autor parece ser isento, apenas se limitando a colocar as posições adventistas de um lado e a dos evangélicos do outro. Digo "em linhas gerais", pois de vez em quando ele deixa de ser repórter e se comporta como um “militante” evangélico. O que chega em alguns pontos a tirar a credibilidade do material.
Tergiversações à parte o artigo merece alguns esclarecimentos, o que faço a seguir:
1. A matéria contém imprecisões históricas:
É uma pena que os escribas que escrevem sobre o adventismo não bebam em fontes seguras e primárias. Por "primárias" eu entendo como sendo livros e artigos escritos por pessoas isentas de preconceito e que não escreveram baseados em mitos sobre os adventistas e sua história.
Hoje muitos opúsculos, que estão nas prateleiras de muitas livrarias, na verdade são cópias de cópias, e não refletem a verdade. Quase todos seguem o “trilho do bezerro doente”. Um escreveu e os outros se limitaram a copiar sem investigação acurada.
Infelizmente o senhor Fernandes caiu neste canto da sereia que é pesquisar pouco para escrever. Senão vejamos: Ele diz na p. 51 que Willian Miller “criou o Movimento do Advento” em meados do século 19. À primeira vista é isto mesmo. Mas as coisas não são bem assim.
O Movimento do Advento teve seus fundadores em vários continentes, com a participação de várias religiões. Por exemplo: na América do Sul, um sacerdote católico escreveu um livro sobre o segundo advento de Cristo, com o título “La venida del Messias”. Seu nome era Manuel Lacunza, um jesuíta.
José Wolf, um judeu cristão, também pregou a segunda vinda de Cristo na Europa e no Oriente Médio, e foi até perseguido por isso.
Mas, o interessante é que ninguém fala deles. Centram-se só em Miller como a dizer que ele era um desvairado marcador de datas para a volta de Jesus. Entretanto, Miller era um pesquisador sincero das Escrituras. Teve avanços significativos, e redescobriu pontos da Bíblia esquecidos pelos religiosos de sua época.
Aliás, o artigo diz que quando Jesus não voltou em março de 1843, Miller teria “refeito os cálculos” e chegado à conclusão de que a data seria 22 de outubro de 1844. De novo o Sr. Carlos Fernandes leu na fonte errada. Na verdade quem “refez o cálculo” não foi Miller, mas seus colaboradores, entre eles, Samuel Snow. Para Miller o mais importante não era a data mas a volta do Senhor.
Ainda outro erro histórico: Com o desapontamento de 1844 o movimento fragmentou-se em vários grupos.
O grupo dos que desanimaram e abandonaram a fé foi grande; o segundo foi o grupo do “status quo” que continuou a marcar datas para a vinda de Cristo. E o terceiro grupo foi formado por um conjunto de estudiosos da Bíblia que com oração e lágrimas descobriu as verdades bíblicas até então desconsideradas. Este grupo é que em maio de 1863 tornou se a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Os três grupos não se “uniram para formar a Associação Geral das Igrejas Adventista do Sétimo Dia”, como quer o articulista (p. 52).
A Igreja Adventista não surgiu de alguma briga de líderes por causa do poder eclesiástico [fato comum em muitas igrejas neo-pentecostais de nossos dias], mas por um grupo que entendeu que Deus os chamou para pregar uma mensagem bíblica, cristocêntrica e equilibrada.
Ellen White teve participação no desenvolvimento da doutrina, mas não foi ela quem “lançou as bases da fé adventista”, como apregoa a revista Eclésia.
Pessoas piedosas estudaram profundamente as Escrituras e chegaram às conclusões sobre pontos doutrinários. Ellen com suas visões apenas confirmou ou retificou o que já se havia estudado.
2. A matéria contém distorções sobre as doutrinas adventistas.
Em minha experiência de cristão aprendi que nem sempre uma heresia é exatamente uma doutrina errada, mas pode ser uma ênfase errada numa doutrina certa.
Propositalmente ou não, é o que o acontece quando muitos dos chamados “especialistas em apologética” falam ou escrevem sobre doutrinas adventistas.
Por exemplo, o Sr. Roque Carvalho, um dos entrevistados diz o seguinte sobre a maneira como os adventistas vêem a questão da salvação: “Se a salvação, para eles, depende da obediência à lei do Antigo Testamento, então a graça de Deus não faz sentido” (p. 58). Ele então desafia: “É possível ser meio cristão?”. Que argumentação paupérrima e descabida!
Os adventistas não crêem em salvação pelas obras da lei. Vamos colocar as coisas nos devidos lugares.
A Igreja Adventista crê na salvação pela graça por meio da fé em Cristo (Efésios 2:8). Entende também que sendo perdoada e justificada por Cristo (Romanos 5:1) a pessoa agora guarda, pela fé, os mandamentos de Deus. Pois fé sem obras é morta (Tiago 2:17).
A grande dificuldade de alguns evangélicos é entender a verdadeira função da lei moral de Deus na vida do cristão.
Eles ficam confusos quando lêem Paulo escrever quye “ninguém será justificado diante dele por obras da lei...” (Romanos 3:20) e logo a seguir “a lei é santa e o mandamento, santo e justo e bom.” (Romanos 7:12).
Afinal, Paulo era contra ou a favor da lei? Um estudo isento de preconceitos e dentro de princípios hermenêuticos sérios, mostrará que Paulo era contra o mau uso da lei de Deus. Na sua época, pessoas achavam que seriam salvas apenas cumprindo os preceitos, e deixavam Jesus de lado. Para Paulo, a lei mostra o pecado (Romanos 3:20), e como um aio (um ajudador) conduz o pecador a Cristo (Gálatas 3:24) a fim de que este seja justificado pela sua fé.
Desta forma o apóstolo não descartou a lei, mas colocou-a no seu devido lugar: mostrar o pecado.
Todavia, o problema está com os que param por ai e dizem que "Paulo nos desobriga de guardar a lei".
Ledo engano! O mesmo escritor sagrado diz que os “simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Romanos 2:20).
Estaria ele (Paulo) pregando salvação pela lei? De forma alguma. Ele apenas está dizendo que os que guardam a lei o fazem depois de terem uma experiência de salvação com Jesus Cristo e Sua graça.
Portanto, para os Adventistas do 7º Dia, guardar a lei não é um meio de salvação, mas uma conseqüência da salvação.
Alguns parecem dizer que estar salvo em Cristo é o mesmo que desobedecer a lei. Isto é um absurdo que nem os oponentes gratuítos do adventismo aceitariam.
Teimam em distorcer este assunto. Talvez por medo de seus fiéis compreenderem esta verdade bíblica e eles perderem suas gratificantes funções de “intérpretes da lei.” É curioso observar que os escribas e pastores modernos usam do Velho Testamento só o que lhes interessa. Quando o assunto é dízimo, por exemplo, logo eles correm para Levíticos, Deuteronômio e Malaquias. Mas quando se fala em sábado dizem que ele foi abolido.
Outro exemplo de distorção ficou por conta do Pr. Natanael Rinaldi. Duas coisas ditas por ele merecem uma explicação maior. A primeira é com respeito a Miguel ser igual a Cristo. Na verdade Miguel é um dos nomes de Cristo na Bíblia. Com um razoável conhecimento de hebraico se conclui que o nome Miguel quer dizer: “Quem é igual a Deus?” E a resposta natural seria esta: "Somente Jesus Cristo". Portanto, diferente do que expõe Rinaldi, dizer que Miguel é um nome de Cristo na Bíblia não relativiza a deidade de Cristo, mas a confirma. Para o adventismo, Jesus Cristo é Deus em plenitude de Divindade (Colossenses 2:9).
É provável que alguma autoridade do Centro Apologético Cristão de Pesquisas ainda fique com dúvidas e argumente dizendo que a Bíblia fala de Miguel como um arcanjo e não como Cristo. Pois bem, seria interessante lembrá-lo de que a palavra bíblica para "anjo" também quer dizer “mensageiro”. E Jesus Cristo foi o mensageiro de Deus para a humanidade. Em Cristo está a maior revelação de Deus Pai (Hebreus 1:1 e 2). E ainda mais, devemos recordar que ao identificar Jesus como o “Arcanjo Miguel”, a Bíblia não O torna um mero anjo, como também não O transforma em animal ao identificá-Lo como um “Cordeiro” (João 1:29) ou como um “leão” (Apocalipse 5:5).
Algo mais: Miguel, em Daniel 12:1 e 2, aparece para defender o povo de Deus, e de acordo com o profeta, ocorre uma ressurreição como conseqüência disto. Será que um anjo pode ressuscitar mortos? É fácil observar que este "Miguel" deve ser mais do que um anjo...
Outra afirmação infeliz: “Os adventistas consideram que Cristo adentrou no santuário celeste em 1844...”. Quem disse isto? Onde Rinaldi encontrou tal afirmação nas publicações oficiais da IASD?
A literatura adventista deixa claro que Cristo pode ir (e foi) ao lugar santíssimo do santuário celeste desde Sua ascensão ao céu. O que se destaca é que em 1844 (segundo a profecia de Daniel 8:14) Jesus iniciou a fase do Santíssimo no santuário celestial. Todavia, Ele sempre trabalhou em nosso favor, como intercessor. Os adventistas não limitam a Cristo e Sua obra.
Sobre este ponto seria saudável dizer que embora a obra de salvação foi completa na cruz do calvário, seus efeitos serão sentidos por toda a eternidade. Alguns não entendem porque Jesus hoje está ministrando no Santuário Celestial (Hebreus 8:1 e 2) como sumo Sacerdote se Ele já fez tudo na cruz. Eles não entendem que a salvação é um plano completo. Ela envolve o nascimento sobrenatural, a vida impecável de Cristo, Sua morte na cruz, Sua ressurreição, Sua intercessão e o juízo no santuário celestial, e a Sua segunda vinda para fazer o juízo final.
A mesma Bíblia que diz que quem não crê em Cristo “já está julgado (João 3:18), também diz que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça...” (Atos 17:31). Portanto, ao se falar sobre a obra de Cristo na cruz, temos que enfatizar todos os atos do Senhor antes e depois dela. A cruz é o centro, e o centro deve ser um ponto de atração de todos os demais atos do plano de salvação, sem anulá-los.
Deveria parar aqui, mas Rinaldi tem outra afirmação infeliz: “os ensinos de Ellen White deixam claro que o Salvador não é Cristo, e sim, Satanás, já que sobre ele seriam lançados os pecados, à semelhança do bode emissário descrito no livro de Levítico” (p. 52).
O arguto pesquisador certamente está por dedução tentando distorcer a aplicação adventista sobre o bode por Azazel (Levíticos 16:8). Azazel e o bode emissário representam a mesma coisa. No original hebraico está exatamente assim: “E lançará Arão sorte sobre os dois bodes. Uma sorte para Javé e outra sorte para Azazel.”
Comentando este texto, veja o que diz o comentário evangélico (não adventista) The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge: “Partindo do fato de que há um contraste entre expressões ‘para Jeová’ ‘para Azazel’, supõem muitos que Azazel seja um nome oposto a Jeová, um monstro do deserto, um demônio, ou diretamente Satanás... O contraste entre ‘para Jeová’ e ‘para Azazel’ favorece a interpretação de Azazel como substantivo próprio, sugerindo em si mesmo, uma referência a Satanás.”
Desta maneira, o bode emissário (Azazel) é visto como o próprio Satanás. Porém a acusação é de que os adventistas por interpretarem assim Levítico 16 estão dizendo que o diabo é o salvador, e não Cristo. Não sei onde se lê esta afirmação nos livros adventistas!
Para os adventistas, Azazel (Satanás) não participa da expiação. Ele não é o Salvador, pois ele não derramou seu sangue. Isto é concluído a partir de uma leitura bem feita de Levítico 16:9 e 10. O verso 9 fala do bode “para o Senhor” (que simbolizava Cristo) que era o único que tinha o seu sangue derramado. “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22). O verso 10 fala do bode emissário (Azazel) cujo sangue não era derramado, em resumo ele não era oferecido em sacrifício pelo pecado. Ele apenas simbolicamente carregava os pecados do povo e morria no deserto sem derramar sangue. O bode emissário prefigura Satanás que vai morrer, não para perdoar pecados, mas por causa dos pecados que cometeu e induziu pessoas a cometer (Apocalipse 20:7 e 10).
Portanto, dizer que por esta interpretação de Levítico 16 os adventistas crêem em Satanás como salvador é um absurdo dos mais preconceituosos.
Satanás não é, nem nunca foi nosso salvador. A Igreja Adventista do Sétimo Dia nunca ensinou isto.
Conclusão:
Muita coisa ainda poderia ser dita sobre a polêmica e frágil matéria da revista evangélica. Porém, gostaria de fazer mais duas explicações e depois uma pergunta:
a. Estado do homem na morte:
Na Bíblia, a alma significa a pessoa total. O homem não tem uma alma, ele é uma alma. Gênesis 2:7 diz que da junção de fôlego de vida e do pó da terra é que o homem foi feito “alma vivente”. Não veio uma “alma” e "entrou dentro" dele, mas ele inteiro passou a ser uma alma. Portanto, "alma" significa a pessoa inteira. A morte seria a desintegração da alma. O pó volta à terra e o espírito (ruach no hebraico = fôlego de vida) volta para Deus (Eclesiastes 12:7).
Há várias razões par se crer que a alma é mortal:
“A alma que pecar esta morrerá” (Ezequiel 18:4). Ezequiel não está falando figurativamente (ou espiritualmente apenas). Ele está falando de pessoas e situações reais (leia também Ezequiel 18:1 a 9).
A única vez que a palavra "imortal" aparece na Bíblia, é atribuída a Deus (I Timóteo 1:17). A idéia de uma alma imortal é de origem pagã. Os gregos a transmitiram para os judeus, e esta pregação anti-bíblica chegou até os cristãos.
O inferno como lago de fogo acontecerá no fim (Apocalipse 20:14). A palavra "inferno" quer dizer sepultura ou lugar inferior. O credo dos apóstolos diz que Jesus morreu e desceu aos infernos (sepultura). Só uma perguntinha: Se as pessoas que morrem hoje já vão para o céu ou para o inferno de condenação, por que Deus terá que realizar um juízo final? Afinal de contas já não estão todos julgados? Quando a Bíblia usa a palavra "inferno" no sentido de fogo o faz referindo-se ao lago de fogo no fim.
b. A questão do adventismo como seita.
A questão do adventismo ser ou não uma seita não me preocupa. Explico porque: Nem sempre a palavra "seita" tem uma conotação ruim ou desastrosa. Os “especialistas em apologética” que usam de forma indiscriminada esta palavra para ofender o adventismo certamente estudaram a história do cristianismo [ou pelo menos deveriam ter estudado].
Em seus primórdios, a igreja cristã nada mais era do que uma seita rejeitada do judaísmo. Nem por isso o cristianismo deixou de ser a fé verdadeira (cf. Atos 24).
Se continuarmos a pesquisa veremos que o mesmo ocorreu com a Reforma Protestante do século 16. Lutero, Calvino e outros eram considerados uma “seita do diabo” por aqueles que detinham as “chaves do céu e do inferno”: a igreja oficial romana.
Apesar de os adventistas se considerarem cristãos por crerem nas doutrinas essenciais do cristianismo, eles empunham a bandeira de doutrinas que têm sido esquecidas pelos chamados cristãos evangélicos em nossos dias.
Walter Martin, conhecido autor batista do livro The Kingdon of the Cults, depois de uma exaustiva pesquisa sobre doutrinas adventistas concluiu que, embora a igreja tenha doutrinas distintivas, ela ainda pode ser cristã por proclamar verdades básicas do cristianismo.
Apesar disto, ser chamado de "seita" por uma causa justa não é ruim, mas um testemunho da verdade no tempo do fim.
c. Uma última pergunta:
Durante toda a reportagem se falou de um aparente confronto entre a igreja adventista e os evangélicos. Mas, perdoem-me a pergunta incisiva: De que povo "evangélico" estamos falando? Confesso que tenho dúvidas sobre quem são de fato os verdadeiros evangélicos em nossos dias.
Às vezes acho que são os protestantes históricos, que receberam um legado maravilhoso dos homens de Deus que foram os precursores da fé. Mas, desisto de pensar assim, pois algumas destas igrejas estão mais ligadas a uma filosofia e teorias de teólogos do que na Bíblia. O princípio de “sola scriptura” foi sorrateiramente substituído por teorias e métodos racionalistas de estudo bíblico. O fervor missionário de algumas correntes religiosas tem estado em queda, e em alguns países os templos destas denominações têm sido vendidos por absoluta falta de assistência dos fiéis que perderam a fé e a devoção.
Às vezes chego a pensar que são os queridos e fervorosos irmãos "pentecostais". Mas infelizmente alguns se limitam apenas a uma interpretação unilateral dos dons do Espírito. Onde estão as outras doutrinas bíblicas? A fé muitas vezes é baseada só na emoção em detrimento de um “Assim diz o Senhor”. Em muitas dessas igrejas pentencostais modernas, temas como ressurreição, volta de Jesus, reforma de saúde, etc., nunca são pregados, pois causariam uma grande confusão com os temas anti-bíblicos amplamente ensinados por estas igrejas.
Será que por evangélicos devo entender alguns (não todos) dos políticos que usam o nome de evangélicos para conseguir votos dos de boa fé?
Será que evangélicos são alguns (não todos) dos pregadores do rádio e da televisão que fazem um império monetário na Terra, e vivem fugindo da Receita Federal como o diabo foge da cruz?
Ou evangélicos serão alguns pregadores que gostam de estar de bem com todos fazendo um discurso politicamente correto, e não raro estando envolvidos em escândalos financeiros e sexuais, manchando o nome de Cristo?
Seriam evangélicos, alguns determinados “artistas” que continuam vivendo como sempre viveram (prostituição, luxúrias, drogas, imoralidades, etc.) e se declaram evangélicos nas entrevistas?
Sinceramente, ser evangélico é viver o evangelho de Cristo. Alguns tipos de "evangélicos" não me fascinam.
Simplesmente ter o nome de evangélico pode não significar nada. Parafraseando Paulo, eu diria: “Evangélico ou não evangélico não importa, mas sim ser uma nova criatura” (cf. Gál. 6:15).
Autor: Pr. Moisés Mattos
Adaptação e acréscimos: Prof. Gilson Medeiros
"Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" - Apoc. 14:12