
Segundo os especialistas no assunto, a Tensão Pré-menstrual (conhecida como TPM) é uma síndrome que atinge as mulheres e que ocorre, em maior ou menor grau, nos dias que antecedem à menstruação. É caracterizada por irritabilidade e ansiedade mais acentuadas, bem como manifestações físicas, como por exemplo dor nas mamas, distensão abdominal e dor de cabeça.
Ou, se você quiser uma definição mais técnica, a TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.
Resumidamente, a TPM é uma sensação totalmente desconfortável de que o mundo vai acabar em 5 minutos e a culpa de tudo isso é sempre de quem estiver mais próximo.
Semelhante a Tensão Pré-menstrual, uma outra síndrome muito comum, porém mais grave, acomete estudantes de ambos os sexos (por isso a gravidade é muito maior) nos períodos finais dos cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado, é a Tensão Pré-monografia.
Essa é uma síndrome caracterizada por hiperemia da conjuntiva ocular, ansiedade, stress, sono excessivo, desmazelo com a aparência pessoal, mania de perseguição, sensação eminente de fracaço generalizado, impressão de que o mundo acaba daqui a 60 segundos e que você não conseguiu fazer nada certo, onicofagia acentuada, sudorese intensa, tendinite nos membros superiores, renuncia de momentos de lazer, fixação por leitura de qualquer coisa que possa contribuir com o desenvolvimento do seu trabalho, alto consumo de chicletes, chocolates, estimulantes em geral e até depressão.
Só quem passou pela gratificante experiência do ensino superior sabe exatamente do que eu estou falando. Quem nunca sentiu a famosa TPM? Acredito que estão lembrando agora de como foi difícil encarar a difícil missão da escrever e entregar no prazo estipulado a tão temida monografia. Aposto que está lembrando de quantas noites passou sem dormir, de quantos finais de semana abdicou, quantas brigas para fazer sua namorada (0) entender que aquilo é altamente significante para sua vida profissional e etc.
Aposto também que como um bom brasileiro, você teve um largo período onde poderia ter analisado as coisas com calma, delimitado bem o fenômeno a ser estudado, elaborado bem o projeto, buscado dados relevantes que contribuissem para sua pesquisa, procurado um bom orientador, etc. Mas não, você num grande exercício de procastinação, foi deixando tudo para a famosa e preocupante "última hora". Como diria um grande narrador de futebol: "No apagar das luzes!"
Aposto também que quando se deu conta de que a coisa era séria, começou a ficar preocupado com a real possibilidade de ser reprovado no curso por culpa da sua preguiça.
É, o tempo passa e em algumas coisas a gente não muda. Parece que não aprendemos com os erros do passado, sejam erros nossos ou dos outros.
Agora estou completamente inserido na situação acima. Com uma orientadora que foi escolhida pela coordenação do curso e não por mim, confuso em relação ao tema a ser estudado, com poucos dados recentes disponíveis e a menos de 3 meses de terminar o curso de especialização.
Bom, agora não adianta ficar me lamentando e refletindo no motivo pelo qual eu não corri atrás de tudo antes para que quando chegasse nessa hora eu estivesse bem tranquilo. Agora é encarar e dedicar tudo pela causa, para que o esforço não seja em vão.
Monografia, aqui estou, pode vir quente que eu estou fervendo (literalmente meus neurônios estão sendo torrados e servindo de churrasquinho para os macrófagos fazerem a festa).
Hoje é sexta-feira 11h53min da manhã e estou escrevendo diretamente do computador do ambulatório. Daqui a pouco é meu almoço. Já fiz a lição, já li a meditação matinal e fiz o ano bíblico. Durante a tarde eu começo a busca incansável por artigos de interesse ao meu tema.
Tem horas que eu só funciono sob pressão.
[Nota:] "Tudo posso Naquele que me fortalece." (Filipenses 4:13)
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