segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

União Gay

Motivo de polêmica eleitoral nos EUA, união gay era aceita na Antigüidade
No último dia 4, a população da Califórnia aprovou nas urnas a "Proposta 8", emenda que bania o casamento homossexual naquele estado norte-americano. Criticada atualmente por grupos conservadores, a união entre pessoas do mesmo sexo não é um costume moderno, e, na Antigüidade, chegou a ser reconhecido como legítimo, da mesma forma que os casamentos heterossexuais.

Os gregos, por exemplo, usavam as mesmas palavras para designar as relações homossexuais e as heterossexuais. Eles encaravam o desejo gay como algo natural, normal e universal. Não era ofensivo perguntar para alguém que se dizia apaixonado: ‘você gosta de um homem ou de uma mulher?’. A lei ou a religião não penalizavam esse tipo de relação.
Em Roma não era diferente. O único tabu imposto socialmente era o fato de ser passivo ou ativo. Como escreve Paul Veyne no livro "Sexo e poder em Roma", "a homossexualidade passiva era um crime para um cidadão (porque a dignidade cívica exige que se seja um verdadeiro macho), mas, para um escravo, era um dever (o escravo tinha de desempenhar, para seu dono, o papel passivo se o dono o exigisse."

Segundo Stuart Michaels, diretor do Centro de Estudos de Gênero da Universidade de Chicago, nos EUA, isso mostra uma diferença entre os conceitos atuais e os antigos. "Na época pagã, não havia uma preocupação em classificar as pessoas de acordo com a preferência sexual, mas sim em saber seu status social, se era livre ou escrava, se era passiva ou ativa", disse em entrevista ao G1 por telefone.
O sexo para procriação

A visão da sociedade em relação à sexualidade começou a mudar com o surgimento e a aceitação das religiões monoteístas, que pregavam que o único sexo correto e aceitável era aquele que servia à procriação, portanto, o heterossexual. Em Roma, quando os imperadores adotaram o cristianismo, no século IV, as proibições começaram a ser impostas. Em 342, os imperadores Constante I e Constâncio II aboliram qualquer reconhecimento dos casamentos homossexuais.

Na Idade Média, quem tinha relações com pessoas do mesmo sexo passou a ser visto não apenas como pecador, mas também como uma causa dos males da sociedade, como a peste negra. A solução achada era a erradicação. Nessa época, muitos gays foram executados ou presos. Segundo o professor William Naphy em seu livro "Born to be gay - A história da Homossexualidade", em 1270, um código francês estabelecia que um homem "declarado culpado por sodomia deve perder os testículos e, se o praticar uma segunda vez, deve perder o membro, e se o praticar uma terceira vez, deve ser queimado."
Ser 'homossexual'

O termo ‘homossexual’ surgiu no final do século XIX, na Europa, quando houve um interesse da comunidade médica, principalmente, em pesquisar e catalogar as práticas sexuais. Segundo o professor Michaels, o nome foi criado antes mesmo do termo 'heterossexual'. Até essa época, só insultos e nomes agressivos eram usados para quem praticava relações com pessoas do mesmo sexo.

A partir dessa classificação, o século XX viu a divisão da sociedade baseada na preferência sexual: quem gosta de pessoas do sexo oposto e quem se relaciona com pessoas do mesmo sexo. "Isso, na minha opinião, tem um ponto positivo e um ponto negativo. A parte positiva é que isso possibilitou a criação de uma identidade comum e da união das pessoas para defender direitos. Mas essa classificação também serviu como força negativa para a repressão, que ocorreu em muitas épocas do século XX", afirma Michaels.
G1 Notícias
[Nota:] Expressarei minha opinião sobre o assunto no próximo artigo.
Vamos ver o que a Bíblia diz a respeito.
Aguardem!

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