No último dia 4, a população da Califórnia aprovou nas urnas a "Proposta 8", emenda que bania o casamento homossexual naquele estado norte-americano. Criticada atualmente por grupos conservadores, a união entre pessoas do mesmo sexo não é um costume moderno, e, na Antigüidade, chegou a ser reconhecido como legítimo, da mesma forma que os casamentos heterossexuais.
Os gregos, por exemplo, usavam as mesmas palavras para designar as relações homossexuais e as heterossexuais. Eles encaravam o desejo gay como algo natural, normal e universal. Não era ofensivo perguntar para alguém que se dizia apaixonado: ‘você gosta de um homem ou de uma mulher?’. A lei ou a religião não penalizavam esse tipo de relação.
Os gregos, por exemplo, usavam as mesmas palavras para designar as relações homossexuais e as heterossexuais. Eles encaravam o desejo gay como algo natural, normal e universal. Não era ofensivo perguntar para alguém que se dizia apaixonado: ‘você gosta de um homem ou de uma mulher?’. A lei ou a religião não penalizavam esse tipo de relação.
Em Roma não era diferente. O único tabu imposto socialmente era o fato de ser passivo ou ativo. Como escreve Paul Veyne no livro "Sexo e poder em Roma", "a homossexualidade passiva era um crime para um cidadão (porque a dignidade cívica exige que se seja um verdadeiro macho), mas, para um escravo, era um dever (o escravo tinha de desempenhar, para seu dono, o papel passivo se o dono o exigisse."
Segundo Stuart Michaels, diretor do Centro de Estudos de Gênero da Universidade de Chicago, nos EUA, isso mostra uma diferença entre os conceitos atuais e os antigos. "Na época pagã, não havia uma preocupação em classificar as pessoas de acordo com a preferência sexual, mas sim em saber seu status social, se era livre ou escrava, se era passiva ou ativa", disse em entrevista ao G1 por telefone.
Segundo Stuart Michaels, diretor do Centro de Estudos de Gênero da Universidade de Chicago, nos EUA, isso mostra uma diferença entre os conceitos atuais e os antigos. "Na época pagã, não havia uma preocupação em classificar as pessoas de acordo com a preferência sexual, mas sim em saber seu status social, se era livre ou escrava, se era passiva ou ativa", disse em entrevista ao G1 por telefone.
O sexo para procriação
A visão da sociedade em relação à sexualidade começou a mudar com o surgimento e a aceitação das religiões monoteístas, que pregavam que o único sexo correto e aceitável era aquele que servia à procriação, portanto, o heterossexual. Em Roma, quando os imperadores adotaram o cristianismo, no século IV, as proibições começaram a ser impostas. Em 342, os imperadores Constante I e Constâncio II aboliram qualquer reconhecimento dos casamentos homossexuais.
Na Idade Média, quem tinha relações com pessoas do mesmo sexo passou a ser visto não apenas como pecador, mas também como uma causa dos males da sociedade, como a peste negra. A solução achada era a erradicação. Nessa época, muitos gays foram executados ou presos. Segundo o professor William Naphy em seu livro "Born to be gay - A história da Homossexualidade", em 1270, um código francês estabelecia que um homem "declarado culpado por sodomia deve perder os testículos e, se o praticar uma segunda vez, deve perder o membro, e se o praticar uma terceira vez, deve ser queimado."
Ser 'homossexual'
O termo ‘homossexual’ surgiu no final do século XIX, na Europa, quando houve um interesse da comunidade médica, principalmente, em pesquisar e catalogar as práticas sexuais. Segundo o professor Michaels, o nome foi criado antes mesmo do termo 'heterossexual'. Até essa época, só insultos e nomes agressivos eram usados para quem praticava relações com pessoas do mesmo sexo.
A partir dessa classificação, o século XX viu a divisão da sociedade baseada na preferência sexual: quem gosta de pessoas do sexo oposto e quem se relaciona com pessoas do mesmo sexo. "Isso, na minha opinião, tem um ponto positivo e um ponto negativo. A parte positiva é que isso possibilitou a criação de uma identidade comum e da união das pessoas para defender direitos. Mas essa classificação também serviu como força negativa para a repressão, que ocorreu em muitas épocas do século XX", afirma Michaels.
G1 Notícias
[Nota:] Expressarei minha opinião sobre o assunto no próximo artigo.
Vamos ver o que a Bíblia diz a respeito.
Aguardem!
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