quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Precipício e etc.



Bom, nem me venham com repreensões me dizendo que faz um século que não posto nada aqui. Na verdade tive que comprar um matador de moscas antes de me sentar para escrever minhas baboseiras.

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Sei que o hiato é grande mas a culpa é do tempo. Ele é que é o verdadeiro culpado pela minha ausência nesse espaço. Justamente no ano em que o Santa Cruz passou fumo no Sport ganhando 3x por 2x0 e sendo campeão pernambucano depois de 5 anos levando mais de 60 mil pessoas ao Arrudão no match final (maior público do Brasil no ano).

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A culpa também é do curso de teologia que arranca nosso couro exigindo trabalhos e mais trabalhos fazendo com que nós sejamos máquinas de leitura.

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É isso mesmo! E você que se planeje para correr atrás do prejuízo, afinal de contas ninguém te pegou pelo braço e te trouxe para o seminário. Além de sentir o chamado de Deus tem também o fato do planejamento, da mudança de cidade, e todos os "et ceteras" que envolvem uma decisão como essas. Bom, o fato é que estou aqui em Engenheiro Coelho desde fevereiro e sobrevivi morando sozinho tendo que estudar muito, lavar, passar, cozinhar, limpar casa, namorar e passar um mês em uma campanha de colportagem em Cuiabá.

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Ops! Eu disse namorar? É eu disse. Tô namorando agora com uma garota egípcia chamada Ramage que conheci na aula de árabe (isso vai ser assunto para outra postagem). Na verdade ela não é qualquer garota. Ela é a garota! Era a professora do curso. É isso mesmo, por favor não insistam para eu contar agora porque eu não tenho tempo. Só pra adiantar ela é um presentão de Deus pra mim! Super legal, bonita, inteligente e ainda por cima gosta de LOST!

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Na verdade eu deveria estar lendo Conselhos sobre Escola Sabatina (só tem 200 págs) para cumprimento de requesito da disciplina de Formação Pastoral II ou estudando hebraico e seus 7 troncos verbais do texto bíblico. Ou então quem sabe mais três capítulos de Mensageira do Senhor ou os três primeiros de Patriarcas e Profetas?

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O fato é que dada essa pequena introdução do resumo da minha vida nesse primeiro semestre de 2011 eu gostaria de dizer que quando vemos algumas pessoas em situações desconcertantes ou desconfortáveis, tristes e etc, nós sempre temos um conselho a dar.

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- Ah faz isso! - Diz você todo empolgado achando que a pessoa vai seguir seu conelho pelo simples fato de você ter dito.

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- Ah faz aquilo outro! - Etc e afins...

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Mas e quando é você que tá vendo a coisa toda acontecer com alguém que é tão próximo de você e você não consegue abrir a boca para falar nada?

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Quem não sentiu uma sensação tremenda de impotência quando quer ajudar mas não sabe como? Não sabe o que dizer. Tem horas que dá uma tremenda vontade de dar uma de avestruz e enfiar a cabeça no buraco e passar um bom tempo comendo minhocas ao molho pardo. Ou então ir na beira do precipício e com um salto ao infinito resolver tudo!?

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Tantas crises e chateações poderiam ser evitadas se soubéssemos que um abraço, um cheiro e um tapinha nas costas resolveriam tudo! Um afago, um beijo, um olhar 43 a lá Zé Bonitinho e tá tudo certo!

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Mas essas situações nos deixam como se estivessemos dentro do labirinto do minotauro.

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Eu queria poder saber agir em todas as situações corretamente. Ser aquele cara que não dá uma bola fora, ser sempre aquele que todo mundo procura pra conversar quando tá passando algum perrengue. Mas não sou esse cara. Não sou perfeito, tenho coisas para aprender e sigo a vida como o ditado diz: "vivendo e aprendendo".

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Tem coisas na vida que você só aprende se viver. Não é apenas ver e achar que quando acontecer com você vai tirar de letra e dizer: "Ah sou o cara!"

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Wathever!

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Bom, é isso aí! Chega de churumelas e lamentações! Levanta a cabeça e manda bala!

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Bom estar de volta a escrever! Como escreveu Guilherme Barrucho: "A mão ativa o cérebro".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Parabéns Santa Cruz!


Parabéns Santa Cruz Futebol Clube pelos seus 97 anos de história!

Sem palavras! Não há nem o que comentar sobre esse clube... Valeu Santinha!
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Quer saber mais sobre o Santa Cruz? Clique aqui.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Curtindo as Férias Adoidado


Quem não se lembra desse filme da saudosa década de 80?
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Pois é, fiz um mix do nome do filme com o título dessa postagem para explicar o que está acontecendo e esclarecer porque o blog anda paradão como o trânsito de São Paulo em horário de pico.
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O motivo é simples, dezembro e janeiro são meses de férias e para eu essas férias estão sendo um tanto quanto peculiares pois estou resolvendo trâmites da minha mudança para Engenheiro Coelho para cursar Teologia no UNASP. Tô passando esses dias atrás de documentos para entregar na imobiliária e também resolvendo algumas burocracias aqui em São Paulo como por exemplo: pegar meu certificado de conclusão do curso de pós-graduação em cardiologia, mudar endereço no Conselho Regional de Enfermagem, pesquisar pessoas que tem caminhões para realizar minha mudança, mexer no guarda-roupas e verificar o que eu vou levar de imediato e o que vou levar depois, e outras coisas mais como assistir todas as cinco temporadas de Lost novamente pela enésima vez, assistir Sansão na Record, ir na casa dos amigos, enfim, diante de tudo isso eu não tenho tido tempo suficiente para me dedicar ao ofício de escriba.
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Por isso que esse blog está oficialmente de férias e só voltará à tona em alguns dias, quando resolver tudo o que tenho que resolver e principalmente mudar para minha futura cidade dos próximos quatro anos.
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Sendo assim desejo um feliz 2011 a todos (mesmo que meio atrasado)! Que cumpram suas promessas de ano novo e que este seja o ano da virada positiva em suas vidas!.
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Um abraço!
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[Nota:] Assista abaixo um trecho clássico desse filme que é certamente um ícone do cinema da década de 80. Quem não lembra dessa cena emblemática em que o Sr. Ferris Bueller assume o controle do desfile cívico em um dia que resolveu fingir que está doente para não ir à escola e curtir a vida com sua namorada e seu melhor amigo? Esse certamente é o papel mais lembrado de Matthew Broderick (indicado ao Globo de Ouro em 1987 devido esse filme).
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mudança

É pessoal, como vocês podem perceber o blog está de cara nova.
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Tanto o visual como o endereço e o nome do mesmo. Está tudo novo!
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Como já expliquei antes o blogger não dava mais suporte técnico para o design antigo, por isso tive que mudar a aparência do mesmo.
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A mudança do nome e do endereço vieram por meio de sugestões.


Algumas pessoas achavam que o endereço antigo era longo demais para digitar então resolvi facilitar a vida de todos que gostam de ler as coisas que eu escrevo e mudar o domínio para http://almirxs.blogspot.com muito mais simples e dinâmico. Nessa era de agilidade virtual e acessibilidade o compacto se destaca muito melhor.
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A mudança no nome veio por vontade própria mesmo, na minha cabeça não tinha sentido mudar o visual do blog, mudar o endereço do domínio e ainda assim manter o mesmo nome. Achei que não era lógico e resolvi mudar também o nome para ALMIR XS em referência ao meu nome. O 7 é só uma lembrança de Deus e da IASD.
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Agora peço que ajudem a divulgar e me motivem a continuar escrevendo.
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Valeu, um abraço!
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[Nota:] Aproveitando todo esse clima de mudança e de final de ano em breve postarei as estatísticas do blog.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em Clima de Despedida



des.pe.di.da
sf (fem do part de despedir) 1 Ação de despedir ou despedir-se; separação, partida, adeus. 2 Conclusão, final, termo. 3 Folc Parte final do cerimonial das folias de reis, do Divino, do bumba-meu-boi e das danças rústicas como o fandango. sf pl Expressões corteses ou saudosas de quem se despede. Por despedida: por último.

Ô palavrinha complicada viu! Difícil não se incomodar com ela.
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Ao percorrer pelas últimas vezes os corredores da Sociedade Hebraico Brasileira Renascença vou relembrando as primeiras vezes em que o fiz. Abril de 2009 uma segunda-feira. Nesses quase dois anos que estou aqui nunca precisei trabalhar no Sábado. Graças a Deus por isso! Ele sabe o que faz.
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Há vários tipos de despedida. Algumas são tristes e outras são alegres, eu particularmente odeio despedidas mas o fato é que estou me despedindo de um emprego para poder alçar voos mais altos na minha carreira acadêmica, profissional e principalmente espiritual.
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Nessa minha vida eu já me despedi várias vezes, algumas foram significativas e merecem mensão.
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A primeira foi a despedida do Clube de Desbravadores Amigos da Fauna quando vim para São Paulo. Fizeram uma festinha para eu e meu irmão.
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A outra foi na formatura da faculdade, essa não tem realmente como esquecer.
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A despedida do quartel também é uma que merece ser lembrada.
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E essa agora. A despedida do emprego atual. Não que seja o emprego dos sonhos, mas por ser um lugar peculiar e por ter tido um papel fundamental na recuperação da minha auto-estima pois ele apareceu em um momento em que eu já não estava mais aguentando ficar desempregado. Me ajudou a recuperar meu poder de compra e devolveu um pouco da minha dignidade. Também é pelo fato de estar me despedindo não para ir para outro emprego mas sim para cursar uma outra faculdade e essa também bastante peculiar, Teologia no UNASP.
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Estou saindo não para um outro emprego mas para ser treinado para ser um ministro do evangelho, não é brincadeira é um ato de entrega, de abnegação.
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Não vou poder me despedir de todos porque alguns já estão de férias, melhor assim, amanhã é meu último dia e pretendo sair de fininho sem ter que ficar indo abraçar ninguém e correr o risco de pagar um micão deixando escapar alguma lágrima rebelde. Homem não chora, apenas lava os olhos de dentro para fora!
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Depois dessa ainda terei mais duas despedidas, a da igreja onde está meu registro de membro desde 1997 e da minha família, nesse último caso vou esquecer que sou homem e vou acabar chorando bastante. E olha que a faculdade é aqui no interior de São Paulo hein, apenas umas duas horas de casa. Imagina se fosse mais longe!?
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Bom, quero agradecer ao Rena, apelido do lugar onde trabalho, mais uma vez pela oportunidade. Serei eternamente grato pelo que fizeram por mim me mandando embora me liberando todos os direitos trabalhistas regidos pela CLT (isso foi obra divina e fruto de muitas orações). Obrigado pela amizade da garotada que escreveu diversos cartazes e bilhetes ao longo da minha estada aqui, guardo todos com carinho. Um abraço e até quem sabe um dia!
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[Nota:] Esse texto que publico agora foi um cara super gente boa que conviveu comigo no quartel, seu nome é Alexandre Pagliuca. Ele era 1º Tenente dentista da cia onde eu servia. Um cara super culto, inteligentíssimo que já viajou os mais variados lugares do mundo e que não media esforços para ajudar ninguém. Segue o texto:
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Amigos do Planeta BLog!!
Enfim, civil novamente!
Vou sentir muito a falta de vocês, mas sei que nada acabou, apenas ocorreram mudanças...
Esse texto fala por si só, pela despedida que se fez necessária...
Saudades e não sumam!
Pagliuca, ou melhor,
Alê
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"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor pensar que a última vez que se encontraram se curtiram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.
E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.
Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo."