Abortos da Neurose

A quimera está assolando as terras do pensamento e Belerofonte ainda não montou Pégaso.

Arautos da desilusão surgem das sombras da noite anunciando mais uma era no vazio. Sonhos são desfeitos e a expectativa dá lugar a desilusão.

O agricultor jogou sua semente em terra seca, a chuva demorou a cair, e o que era para ser um fruto do amor é agora o caroço da solidão.

A insensatez parece ter razão, paradoxos e antíteses nunca estiveram tão claros. Louco é o que envereda pelas sendas tortuosas da lógica racional.

Migalhas de atenção caem da mesa em abundantes porções, quem tem fome delas se farta num banquete solitário ao som de um sarau melancólico.

Os gritos de incentivo já não estão, sussurros de consolo ao ouvido é a música que toca antes do silêncio sepulcral de uma noite sem estrelas.

[Nota:] Não estou desapontado, não bebi, nem fumei e nem usei as camisas do Corinthians e Sport. Apenas gosto desses tipos de texto. Tava sem nada para fazer no serviço e resolvi atacar de mestre literário.

O "Big Brother" está mesmo a segui-lo

Um dos blogs que eu acompanho e gosto muito é O Tempo Final (http://otempofinal.blogspot.com), do adventista português Filipe Reis. A temática do blog é anunciada pelo título do mesmo e sempre conta com textos interassantes a cerca das últimas horas desse mundo antes do retorno de Jesus.

Hoje como de costume estava lendo e achei esse texto muito interessante a respeito dos cartões de crédito e/ou cartões fidelidade.

Como esses pequeninos pedaços de plástico tornaram-se os maiores "dedos-duro" da sociedade contemporânea? Será que aquilo que você considera privado e altamente sigiloso é realmente guardado a sete chaves?

Leia e descubra!

Não é preciso estar sob vigilância nem elaborar teorias da conspiração: um mero cartão de cliente pode contar mais sobre a sua vida do que imagina. Aquilo que você julga privado está cada vez mais exposto.

Tem um cartão de fidelidade do supermercado onde costuma fazer compras? Esse bocadinho de plástico que lhe pode valer descontos conta mais sobre a sua vida do que você gostaria.

O cartão está em seu nome e tem agregada a sua morada e provavelmente outros dados pessoais. Mas não é tudo: numa base de dados algures (a incerteza deste algures é relevante) estão listadas todas as compras que você fez sempre que apresentou esse cartão. Ou seja, conta até coisas que você considera privadas.

Se tem a mania da comida saudável, se enche a despensa de comida de plástico ou legumes e produtos dietéticos, se bebe álcool e que tipo de álcool (se é mais amigo das cervejinhas ou do uísque), se usa preservativos ou lubrificantes íntimos, se tem bebés ou crianças a seu cargo, se há lá em casa problemas de incontinência urinária, até mesmo se começou a praticar desporto, se vai de férias ou se fez mudanças em casa. Tudo isso pode ser inferido do seu historial de consumo apenas no supermercado. Os cartões de fidelidade existem também para lhe "tirar a fotografia" e conhecê-lo melhor. Às vezes, bem de mais.

Se está com ideias de deitar fora esse cartãozinho que lhe dava tanto jeito, pense duas vezes. Provavelmente teria que abdicar de inúmeros cartões que traz na carteira: o das Farmácias de Portugal (o seu nome e dados pessoais, mais toda a medicação que compra), os cartões bancários, do seguro de saúde, da bomba de gasolina, do clube de vídeo... Mais os cartões de muitos organismos públicos.

A protecção de dados cruza-se com a privacidade: o direito básico a termos o nosso espaço, livre de intrusão ou da necessidade de dar explicações e a decidirmos que aspectos da nossa vida ficam nesse recato e quais são públicos.

É um direito reconhecido na Declaração dos Direitos do Homem e na Constituição. Não é coisa pouca: é um pilar da dignidade humana e uma condição de liberdade. Apesar disso, é um espaço que está a estreitar-se. Uma das razões é que nos esquecemos de o proteger.

Já lhe aconteceu olhar para os seus movimentos de conta ou para a factura detalhada do telemóvel e sentir a estranheza de estar ali o relato do que foi a sua vida naqueles dias? E se forem outros a ver esse relato?

[Nota:] Texto publicado originalmente no jornal Expresso de Portugal (http://aeiou.expresso.pt/o-big-brother--esta-mesmo-a-segui-lo=f532524).

Síndrome de Burnout

O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse, consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.

Tal síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).

A Síndrome de Burnout é definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho. É caracterizada pela ausência de motivação ou desinteresse; mal estar interno ou insatisfação ocupacional que parece prejudicar, em maior ou menor grau, a atuação profissional de alguma categoria ou grupo profissional.

É apresentada como formas de condutas negativas, como por exemplo, a deterioração do rendimento, a perda de responsabilidade, atitudes passivo-agressivas com os outros e perda da motivação, onde se relacionariam tanto fatores internos, na forma de valores individuais e traços de personalidade, como fatores externos, na forma das estruturas organizacionais, ocupacionais e grupais. Podemos dizer que é uma resposta ao estresse ocupacional crônico.

Tô lascado!

...

São 09h17min na selva de pedras chamada São Paulo. O dia cinzento despeja a garoa que caractariza a capital paulista. O clima não é frio mas a pedida hoje seria cama, cobertor, descanso, chocolate quente e bons filmes.

Hoje o dia vai se arrastar até as 16h30min.

Estou escrevendo do ambulatório, até agora 6 atendimentos, sendo 5 deles com sintomas de gripe, porém sem febre.

A minha cabeça tá cheia de coisas mas ao mesmo tempo não tem nada. Faz tempo que estou espremendo o meu cérebro para sair alguma gota de inspiração para escrever e nada.

Bem que eu poderia escrever sobre a ascensão do Jason Futebol Clube no campeonato brasileiro, ou eliminação precoce do Santa Cruz na Série D. Também poderia escrever sobre a minha ida à praia no último domingo com minha família e a família do meu irmão.

Já que toquei no assunto... Fui à praia de Itanhaém no domingo para prestar concurso público e aproveitei para tomar um sol que felizmente estava presente. Fomos a bordo do gol vermelho ano, ano... sei lá que ano era o carro. O fato é que meu irmão nos conduziu muito bem e a pista tava livre. Graças a Deus fomos e voltamos em paz!

A prova tava um saco, só falava de políticas públicas, SUS e legislação. Temo que tenha sido um desastre, essas provas não são minha cara. Faço-as de teimoso como quem acredita sempre numa luz no fim do túnel. O índice de abstenção na minha sala foi grande, quase 50%, eram 30 e faltaram 12. A concorrência diminuiu e se eu for aprovado logo de cara terá sido pela disputa menos acirrada do que por mérito da minha parte. A não ser que meus chutes sejam certeiros como os do matador Borges do SPFC.

O Sábado também foi bem agitado. Passei o dia todo com a mesma roupa e com meus sapatos me matando, não escovei os dentes depois do almoço. Ainda bem que existe Trident!

A noite teve reunião de anciãos com os Pr. para pormos alguns pingos nos i's, mas algumas lenhas também foram postas na fogueira. Ter diferenças de pensamentos faz parte, até mesmo para quem deveria trabalhar unido.

Logo depois a segunda etapa do projeto Koinonia, graças a Deus fomos bem melhores que na primeira etapa. Conseguimos validar todos os pontos das terefas e só para variar eu ganhei mais um concurso bíblico. Dessa vez o tema era o Apocalipse. É chato concorrer sabendo que você já vai ganhar no final, nem dá para sentir a adrenalina.

Essa semana espero ancioso a ligação de um hospital qualquer para participar de algum processo seletivo.

Também fiz a minha inscrição para o programa de aprimoramento e especialização de Enfermagem em Terapia Intensiva no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Lá se vão mais 100 mangos em mais uma inscrição de concurso! Espero que dessa vez vire algo concreto. Essa é minha prioridade profissional/acadêmica, meu foco, meu projeto, minha meta a curto prazo. Em princípio eu gostaria muitíssimo de fazer na UniFeSP, mas lá exigem experiência mínima de 6 meses em terapia intensiva e ainda tem que pagar uma mensalidade de 500 pilas.

Na USP ganherei uma bolsa da Fundap de R$ 790,00. É pouco mas estarei estudando na UTI do maior hospital da América Latina. É como se um jogador de futebol fosse convocado pela seleção brasileira. Orgulho total!

São duas fases, a primeira já no dia 25 de Outubro, onde terei que exterminar vários colegas de profissão para poder diminuir a concorrência. Quem sabe uma bomba no metrô Sé e Paraíso as 06h30min e as 18hmin!? Um bando de enfermeiros impossibilitados de fazerem a prova por conta de ferimentos graves. Que ideia irracional, parece que só vou conseguir alguma coisa por demérito dos outros e não pelos meus méritos! Deixa de viagem Almir!

Bom pessoas, era isso o que tinha para dizer. Para quem não tinha o que escrever eu acho que já "falei" demais.

Um abraço a todos, que Deus esteja sempre com vocês!

[Nota:] Durante produção desse texto tive que parar para atender uma criança de 2 anos com sintomas de gripe e temperatura de 38,8ºC.

Também parei para atender o telefonema da Luana, que foi minha colega de classe na pós-graduação em cardiologia e que trabalha num dos meus sonhos profissionais, o InCor. Beijos pra você lindona, adoro você!

Maanaim

E aí pessoas!

Como têm passado? Espero que estejam todos bem e gozando de paz, saúde e acima de tudo possam estar na presença de Deus.

A cerca de duas semanas atrás na IASD do Jd. Paulista o Pr. Vicente deu início ao projeto Koinonia, cujo objetivo principal é separar a igreja em grupos para trabalhar em prol do crescimento espiritual e material da igreja, além de promover o envolvimento dos irmãos para cumprir as tarefas.

Os grupos são dividos com o número de no mínimo dez e no máximo doze integrantes. Essas equipes tem que cumprir tarefas de nível fácil, médio, difícil e impossível para que possam acumular pontos. Vence o grupo que conseguir o maior número de pontos ao final das etapas que tem o término previsto para novembro.

Na primeira apresentação de tarefas do grupo realizada no último Sábado só conseguimos completar a tarefa de nível médio, cuja mesma era apresentar uma curiosidade. A tarefa impossível consistia em trazer uma revista adventista de no mínimo 30 anos atrás. Perdemos essa batalha, mas não a guerra!

A princípio nosso grupo estava meio indefinido, mas ontem a noite nós conseguimos "fechar" o grupo e decidimos que não entra mais ninguém!

Bom, toda essa introdução era preciso para que o título do texto possa ser compreendido. Uma de nossas tarefas é definir um nome para o grupo, bem como uma cor. Pois bem, tem dois grupos que já o fizeram, um se chama Jerusalém e o outro, com esse vai ter guerra, Leão de Judá. Eu sei que o propósito do projeto não visa a promoção de rivalidade entre os membros e nem de competir com vistas a prejudicar o outro. Mas a verdade é que em todo desafio de equipes o desenvolvimento de uma rivalidade é algo inevitável. Sempre foi assim desde os tempos da teocracia israelita, onde as tribos viviam brigando entre si (basta dar uma lida no VT e ver como as tribos se comportavam), e nessa competição nós já escolhemos a equipe a ser batida, a Leão de Judá, cujo a frase de efeito é: "Leão de Judá, não morde, devora!"

É até intimidador, mas quando eles verem o que está surgindo por aí eles vão tremer de medo.

Ficamos responsáveis de sugerir um nome e uma cor para levar no próximo Sábado e decidir qual será o nosso nome e nossa frase de efeito/grito de guerra.

A minha sugestão é Maanaim, cujo nome é inspirado na frase dita por Jacó em Gênesis 32:1,2

"Jacó também seguiu o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus.
E Jacó disse, quando os viu: Este é o exército de Deus. E chamou aquele lugar Maanaim."

Jacó vivenciava um momento difícil, pressionado pelas crises do presente e do passado. No entanto, num momento assim, seguindo a viagem do seu destino os anjos de Deus foram encontrá-lo, transformando aquele lugar, em um lugar de paz, pois a presença de Deus estava alí.

Estarei sugerindo esse nome ao grupo no Sábado por acreditar que fazemos parte do exército de Deus, e sabemos que Ele nunca perde nenhuma guerra.

É verdade que outras versões bíblicas tratam esse tema como sendo "o acampamento de Deus" ou o arraial de Deus". Bom, de qualquer forma os anjos formam um exército e todo exército precisa de um quartel. Sendo assim, podemos adapatar Maanaim como sendo o acampamento do exército de Deus.

Vixe!

Já estou antevendo a juba do grupo Leão de Judá toda arrepiada!

Bom, a essa altura você deve estar se perguntando: O que a águia da foto tem que ver com tudo isso?

A passagem abaixo explicará tudo, a nossa passagem bíblica será Isaías 40:28-31

"Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não há esquadrinhação do seu entendimento.Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão.Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão."

É isso aí, se o nome for aceito eu posto uma crônica a respeito.

Um abraço a todos!